Há várias tecnologias de conectividade disponíveis no mercado atualmente. Entretanto, a que mais tem se destacado pelas inúmeras vantagens e pela própria demanda dos usuários por alta velocidade, é a fibra óptica.

A fibra óptica oferece uma série de vantagens em função de suas características, incluindo alta capacidade, alcance e redução no volume de fibras utilizadas (com tecnologia ponto-multiponto ou PON). Como resultado, os gerentes de infraestrutura podem monitorar os dados com mais facilidade, reduzindo os custos de manutenção.

As principais etapas na implementação de uma rede FTTH

Antes de iniciar o projeto, há uma série de premissas básicas que devem ser analisadas. Lembre-se de que o planejamento da infraestrutura é essencial, e cada detalhe pode influenciar diretamente no custo do projeto.

Número inicial de assinantes e potencial de crescimento

A primeira pergunta a ser respondida no planejamento da rede é o potencial imediato de assinantes para a rede FTTH. A resposta determinará a quantidade de materiais e custos envolvidos na implementação do projeto.

É importante também antecipar as necessidades futuras da rede: expansão da demanda, tipos de serviços (dados, voz e vídeo), velocidade e crescimento em novas áreas. FTTH GPON é a opção mais promissora entre as tecnologias de redes de acesso, e na fase de projeto é interessante prever capacidade de rede adicional para possíveis expansões futuras.

Serviços oferecidos ao cliente

Para oferecer uma boa rede de comunicação, é importante avaliar o consumo potencial de serviços para a região, desde os mais básicos – como dados – até aos mais complexos, como o Triple Play (Internet, TV e telefonia).

É importante trabalhar com fabricantes confiáveis, que comercializam equipamentos de última geração e que suportam a adição desses serviços às suas plataformas. Com base nessa premissa, definimos os tipos de serviços que podem ser oferecidos aos assinantes. Eles definirão os tipos de ONTs (Modems de Rede Óptica) a serem usados no projeto.

Características da plataforma

As tecnologias GPON e EPON têm características semelhantes, como topologias de rede (centralizada, distribuída ou convergência local) e dependência dos elementos que compõem a rede FTTH (distribuidores ópticos internos/DIOs, cabos ópticos, caixas de junção e terminação, splitters, conectores e cabos).

No entanto, os protocolos de comunicação são diferentes e independentes. Os próprios modelos de equipamento podem ter características básicas e recursos distintos, às vezes mais importantes para algumas situações do que para outras.

Rede de alimentação e topologia

A quantidade total de fibras ópticas necessárias para a rede primária será calculada com base na demanda estimada, ou seja, no potencial atual do cliente.

A Relação de Divisão de um projeto FTTH define o valor máximo de compartilhamentos ao qual uma porta OLT estará sujeita. Em geral, as taxas de divisão mais consideradas são de 1:64 ou 1:128. No entanto, na prática, a primeira opção é a mais típica e tende a ser uma boa prática no planejamento de rede.

Rede externa: raio de ação e instalação

O raio da área atendida define, em termos aproximados, a região atendida pela rede FTTH. Para fins de planejamento preliminar, consideraremos que toda a demanda está uniformemente distribuída por esta região, e o raio da área servirá para definir os comprimentos dos cabos de 'Alimentação' e de 'Distribuição', bem como a localização das caixas ópticas.

Para efeitos comparativos, consideremos que a rede FTTH utilizará o padrão de infraestrutura mais utilizado nas redes de acesso e “Última Milha”, que é a infraestrutura dos postes e da rede aérea. Neste caso, existe a opção de instalar as caixas de junção ópticas primárias (CEO ou CTOP no caso de solução pré-conectada) e caixas de terminação (CTO ou CTOP-L no caso de solução pré-conectada) nos próprios postes ou sobre mensageiros (instalados nos espaços entre os postes) e isso definirá os acessórios de fixação adequados.

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