Pode parecer novo, mas o conceito de Metaverso vem de 1992, quando o escritor de ficção científica Neal Stephenson o definiu em seu romance Snow Crash como um mundo fictício virtual e coletivo. Hoje, é mais simples referir-se a ele como uma internet "imersiva e tridimensional".

No entanto, o Metaverso ganhou relevância em novembro de 2021, quando Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, anunciou a mudança de nome de sua empresa para Meta Platforms Inc. ou simplesmente Meta, dando lugar a um novo nível de experiência virtual, no qual os usuários poderão entrar para atender, trabalhar e jogar com dispositivos de realidade virtual,  óculos de realidade aumentada, aplicações em smartphones e outros dispositivos.

Após o anúncio, o interesse em construir mundos digitais disparou entre empresas e usuários, e de acordo com uma pesquisa da Bloomberg Intelligence, a plataforma de tecnologia metaverso poderia se transformar em um mercado de US$ 800 bilhões até 2024.   

E como já é esperado, novos conceitos exigem novas tecnologias e com o metaverso não seria diferente. Para ser implantado, será necessária uma infraestrutura tecnológica robusta, capaz de fornecer toda a capacidade de computação, armazenamento e largura de banda para proporcionar uma experiência imersiva real. 

A Qualcomm estimou em 2018 que, para desenvolver um ambiente de realidade virtual, como o Metaverso, seria necessária uma velocidade mínima de navegação de 200 Mbps  e considerando isso, a tecnologia atual que cumpre esses requisitos é a fibra óptica, pois oferece velocidades muito altas, atingindo uma capacidade de centenas de Terabits em testes recentes. 

A fibra óptica se tornará a conexão indispensável para o desenvolvimento de experiências virtuais e imersivas que caracterizarão o Metaverso, pois garante parâmetros fundamentais para o desenvolvimento de uma experiência em tempo real, como maior estabilidade no sinal e transmissão de áudio e vídeo em tempo real. Não há dúvida de que a conectividade é um dos itens indispensáveis para que o Metaverso seja uma realidade.

Apesar de algumas empresas já estarem avançando na construção de seus próprios metaversos, como Microsoft, Nvidia e Epic Games, os criadores do Fortnite – Estima-se que a maturidade desse novo ambiente imersivo não será alcançada antes de 10 ou 15 anos, pois exigirá o trabalho, conjunto ou não, de muitas outras empresas. 

Essa projeção de pelo menos uma década significa que o Metaverso aproveitará tecnologias como o 5G, quando estiver maduro e difundido no mercado. Tendo sua maior expressão com a vinda concreta do 6G, onde as primeiras implementações comerciais desta tecnologia de sexta geração devem começar, em meados de 2028.   

Considerando o futuro da Internet, dispositivos, sensores conectados (IoT) e o avanço de novas tecnologias disruptivas, é plausível imaginar um Metaverso combinando todas essas soluções. E para isso, a capacidade computacional dos data centers e a infraestrutura tecnológica precisará ser robusta, escalável e resiliente.

Quanto mais complexas as plataformas, maior a largura de banda necessária. Os novos ambientes virtuais de interação em tempo real exigirão recursos mais exigentes, e neste cenário, o uso de conexões de fibra óptica será indispensável para manter um alto padrão na experiência do usuário.